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terça-feira, 5 de julho de 2011

Redes Sociais

GESTÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
O USO DAS REDES SOCIAIS VEM CRESCENDO EM NÚMEROS QUE IMPRESSIONAM.
ATÉ O GOVERNO PREGA A UTILIZAÇÃO DESSAS REDES EM SITES GOVERNAMENTAIS MAIS DENTRO DAS REPARTICÕES PÚBLICAS O ACESSO A ELAS É REPUDIADO. POR QUÊ? |
FÁBIO ANJOS


O Brasil é o quinto país que mais acessa redes sociais, segundo relatório divulgado pela comScore - empresa líder mundial na medição do mundo digital. Comparado ao mesmo período do ano passado, o acesso teve um crescimento de 47%. Isso representa cerca de 35,2 milhões de usuário. O número de adeptos é impressionante em apenas um ano! E esse fenômeno continua a ganhar corpo ao redor do mundo. A índia representa um dos mercados que mais cresce no uso das redes socais.

O governo brasileiro aos poucos também vai aderindo às redes sociais. Aqui em Brasília, no último mês de maio aconteceu um evento que teve como principal escopo o incitamento ao uso da acessibilidade, redes sociais e mobilidade dentro dos sites governamentais. O intuito principal foi proporcionar acessibilidade de pessoas com deficiência motora, auditiva e visual aos sites do governo. O que se viu também foi uma forte campanha para aumentar ainda mais o uso das redes sociais dentro de sites governamentais.

Estas redes apresentam um enorme potencial de crescimento, não apenas do ponto de vista individual assim como oportunidades para implementar modelos de negócio inovadores que podem ser explorados por empresas e governo. Elas são reconhecidamente importantes quer pelo seu aspecto lúdico, quer na possibilidade oferecida como canal de marketing. Do ponto de vista empresarial elas podem determinar ou ajudar a determinar o potencial de negócio de um determinado produto ou serviço. Isso é algo jamais visto na história desse país.

Mas o que acontece é que acessos a sites como facebook, twitter, youtube, orkut e outros desse gênero dentro dos órgãos públicos são bloqueados por conta da “segurança da informação”. Isso faz parte de medidas para evitar a entrada de malicious software, os famosos malwares, vírus e outras pragas oriundas da internet que afetam os computadores da instituição - pelo menos é o que se prega para evitar que o pessoal acesse esses tipos de sites e outras coisas mais.
No entanto, parece que há certa discrepância quando se fala em usar redes sociais em sites governamentais e ao mesmo tempo se fecha as portas dentro dos próprios órgãos públicos a essas redes. Não parece divergência?

Na verdade - falo agora como da área de TI – apesar de todo o potencial apresentado, estas redes sociais são igualmente uma séria ameaça. Uma das principais ameaças à segurança e a privacidade dos utilizadores e das instituições públicas ou privadas é proveniente do tipo de conteúdo e de informação que os utilizadores partilham de dentro das empresas.
Deve-se haver sim cautela por parte das empresas e órgãos públicos para o acesso a essas redes porque não são poucos os casos em que utilizar redes sociais e e-mails pessoais durante o período de trabalho colocaram a rede da empresa em risco por conta do mau uso, sem contar que o acesso a elas para fins pessoais pode levar um funcionário a desperdiçar 20% ou até mais do seu tempo produtivo, segundo pesquisa da Brconnection – empresa que orienta o uso da Internet de acordo com as regras de cada empresa para aumentar a produtividade.

Funcionários ficam de três a cinco horas por dia em e-mails pessoais e redes sociais. O monitoramento também é outro ponto a ser pensado. Para empresas que visam lucro, é importante investir no monitoramento durante o expediente. Uma empresa com 50 funcionários, por exemplo, pode perder até R$ 50 mil por mês, se não fizer o monitoramento dos funcionários.

Mas a pergunta que fica é: redes sociais ameaçam o rendimento do trabalho dentro das empresas e órgãos públicos?
De acordo com uma pesquisa da consultoria Robert Half Technology, o acesso a redes sociais é bloqueado em 54% das empresas dos Estados Unidos. A pesquisa também aponta que 19% delas aceitam o uso de redes sociais para negócios, enquanto apenas 16% admitem uso pessoal dessas ferramentas. Talvez esta pesquisa possa responder a pergunta acima.

Para algumas profissões, porém, esses sites podem ser usados como ferramentas efetivas de negócios ou de divulgação, e esse pode ser um motivo válido para que empresas permitam seu uso para propósitos relacionados ao trabalho.

Certo é que a solução não é privar totalmente os funcionários de acessar esses sites, porque não entrar nas redes sociais hoje é quase impossível, até porque elas estão invadindo o mundo “internético” vamos dizer assim, e cada vez mais essas redes e e-mails pessoais fazem parte da vida das pessoas. No entanto, esse tipo de problema pode ser combatido com políticas de uso dentro das próprias instituições, como, por exemplo: controle de acessos e monitoramento no período de expediente, aplicações antivirais, normas rígidas – isso tudo levado ao conhecimento dos usuários, é claro – e outras iniciativas que podem ajudar no comportamento dos funcionários no uso dessas redes dentro das instituições públicas ou privadas.

Enfim, para terminarmos falando de redes sociais, vai aqui um alerta aos utilizadores do Facebook. Esta rede tem crescido exponencialmente nos últimos anos passando a ser a maior das redes sociais com mais de 400 milhões de utilizadores em 6 anos de existência. E isso a torna um alvo preferencial para ameaças de diversos tipos.
Um estudo realizado pela Sophos – empresa desenvolvedora de software e hardware de segurança – chegou a conclusões assustadoras sobre o comportamento dos utilizadores no FB. Conclui-se que 46% aceitam pedidos de amizade de estranhos; 89% dos utilizadores da faixa etária dos 20 anos divulgam a sua data de aniversário; quase 100% divulgam o seu endereço de email e; entre 30-40% listam dados sobre a sua família e amigos.

O fato dos utilizadores do Facebook estarem tão disponíveis para partilhar tantas das suas próprias informações pessoais faz com que o risco de ocorrência de ataques, roubo de identidade e de engenharia social aumente consideravelmente. Isso faz com que as empresas públicas e privadas repensem se abrem ou não o acesso para seus funcionários a estas redes dentro das suas repartições. Esta é uma polêmica discutida em fóruns e seminários mundo afora e ainda está longe de terminar.

Recomenda-se a utilização das redes sociais de uma forma racional, e acima de tudo perceber quais os dados a partilhar, que tipos de conteúdos disponibilizar e para quem.

Abraço a todos.



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